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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

5/5

Bom, aqui deve ser a parte do arrependimento... Há quinze anos, todo Fim-de-Ano, revisito a mesma estória, talvez algo culturalmente produzido entre mea culpa e sadomasoquismos. Há nesta diferentes concessões às anteriores, pois é a primeira que é trazida a público, fascinou-me na senilidade o risco da redescoberta. Há muitos interesses e rancores acumulados: entre suspeitos e culpados, alguns nem sobreviveram, os que puderam, apesar da alta exposição midiática, compraram seus habeas-corpus e por conseguinte suas defesas, depois sumiram em suas lidas, gente de potencial: estudantes-universitários-evangélicos-carismáticos emergentes ou já da high society... um coquetel de motivos para potencializar IBOPES e dízimos, resignações. Hoje, morando em outro estado, sou divorciado e tenho três filhos, o mais velho quer estudar Letras, um insípido como a mãe. As meninas: uma se chama Glória, uma graça; a caçula, meu xodó, não se chamará aqui, por motivos óbvios. De lá para cá, ganhei gosto pela coisa. Abandonei a carreira de professor e tornei-me um bem-sucedido criminalista. A priori, só defendo réus-confessos, indiferente à classe social, já que, com disposição, todos têm como quitar uma dívida. Já os indecentes, estes nem valem o... Primeiro, inocente de quê... Segundo, por quê... Onde? Quando? Qualquer coisa que mereça tais conjecturas, já se faz digno de pena, capital. Ahhh humanidades... Aquilo deu sentido a minha vida! Bom... Espero para e de vocês, até o final de 2009, uma versão melhorada da minha!

3 comentários:

Josely Bittencourt disse...

aff! cáustico com requinte esse narrador facínora...
rs

e quantos alvos pra esse atirador!

Carla disse...

Um narrador à la Machadinho, meio Brás Cubas, meio Bentinho.

Cosmunicando disse...

é o próprio criminiilista... rs